quarta-feira, 14 de julho de 2010

A IMPORTANCIA DO VESTUARIO SOB MEDIDA PARA AS PESSOAS COM DEFICIENCIA



Moda e identidade caminham juntas, e a customização é a celebração da individualidade e a moda inclusiva sob medida não é muito diferente disso. De acordo com a profa Silvia Barros especialista em Moda e explica que customização vem da expressão em Inglês ‘’custom made’’ feito sob medida esclarecendo uma confusão que a palavra não provém do substantivo "customer", ou cliente, em inglês, mas sim do verbo "to customize", que significa exatamente adaptar um produto às necessidades particulares de cada consumidor.

O mercado de vestuário específico para pessoas com deficiência ainda é pouco explorado no Brasil, apesar das conquistas como a inclusão no mercado de trabalho em função da Lei de Cotas (Lei 8213/91), que estabelece uma reserva percentual de vagas em empresas aos trabalhadores com deficiência. No Brasil, existem praticamente 24,6 milhões de pessoas com deficiência; somente no Estado de São Paulo são cerca de 4,2 milhões, ou 17% do total do país.

Várias iniciativas começam a fomentar o mercado da Moda Inclusiva no mundo como designer Frances Chris Ambraisse com apoio financeiro da Fundação Social Européia, criou uma coleção inteira com roupas especiais. O estilista levou as suas criações para as passarelas, abriu os olhos de críticos e fashionistas e fundou a sua marca, a A&K Classics. o conceito de Chris Ambroisse é um grande exemplo da moda a serviço da população e quem tiver interesse em saber mais pode entrar em contato pode acessar uma das suas páginas na web. www.ecodesenvolvimento.org.

Nos últimos anos o tema tem relevância no Brasil quando governo do Estado de São Paulo e a Secretaria do Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência lança o Primeiro Concurso de Moda Inclusiva, onde receberam inscrições dos estudantes que apresentaram novas propostas adaptadas às necessidades das pessoas com deficiência e agora em 2010 tivemos a segunda Edição do Concurso, muito elogiado pela crítica, fashionistas e profissionais da área.

Na Grã-Bretanha, a BBC (canal de noticias pertence ao grupo BBC British Broadcasting Corporation) produziu programa com modelos deficientes incentivando a discussão sobre o tema. Uma grande loja de departamentos, Debenhams, colocou na passarela uma “cadeirante” (termo usado para as pessoas com deficiência que usam cadeira de rodas) como garota-propaganda. De acordo com o site do jornal The Independent é a primeira campanha de moda com este foc. Recentemente na cidade de São Paulo, Caroline Marques (cadeirante) , 28 anos, desfilou no Fashion Downtown, uma atividade comum no calendário do comércio no centro da cidade de São Paulo.

Percebemos que a moda para pessoas com deficiência é um segmento explorado com sucesso na Europa há anos.

A Weadapt criada por Miguel Ângelo Carvalho (professor da Universidade de Ninho Portugal) busca parcerias com lojistas brasileiros que entendam a seriedade deste trabalho e que se disponham a investir em uma coleção voltada a pessoas com deficiência.

Em breve teremos acesso a vendas pela internet de roupas customizadas e adaptadas sob medida para atender os clientes com deficiência e acabar com a história de que ‘’esta roupa não foi feita pensando em mim’’.

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