foto: Dani e seu cão guia Basher - arquivo pessoal
“A
possibilidade de cegar já me fez perder a vaidade, pensava que se cegaria era
porque o externo não tinha a menor importância. Hoje sei que ela é essencial,
mesmo que não se consiga olhar no espelho. Imprescindível à auto-estima.
Descobrir recentemente a possibilidade
de me maquiar, mesmo sem enxergar me fez muito bem. Aprendi que a beleza é um
estado de espírito e vem de dentro para fora, quando me sinto bonita, sou
bonita e é assim que as pessoas irão me ver.
Posso escolher minhas roupas, se não
puder vê-las, sentirei, o tecido, o corte, perguntarei a cor.
Vaidosa sim, e feliz. Aprendi a me
cuidar de outra forma.
Ficaria
muito feliz em participar deste desfile. Creio que é uma forma de desmistificar
o conceito prévio e errôneo de que a deficiência não combina com beleza”.
Recebi esse depoimento da Daniela Kovács que tem uma baixa visão e tem seu cão guia Basher sobre a sua Inscrição no Casting de modelos no 4º Consurso de Moda Inclusiva promovido pela Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Estado de São Paulo. Deficiência combina com a beleza sim! :)
Ainda me surpreendo ao ler depoimentos como esse. Não por ficar impressionada em saber que uma pessoa com deficiência pode chegar tão longe. Mas, por me encantar e me contagiar com essa força, com essa garra, vindas de pessoas, aparentemente frágeis. Isso se chama vida, isso se chama Deus. Beijo e boa noite a todos!
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